TÍtulo do resumo

AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE DA ZIDOVUDINA SOBRE
MACRÓFAGOS EM MEIO NORMAL E HIPERGLICÊMICO
Deisy Alini Ruthes (PAIC/Fundação Araucária), Ana Cristina Colusso (IC voluntária), Rubiana Mara Mainardes (DEFAR-Unicentro), Najeh Maissar Universidade Estadual do Centro-Oeste/Setor de Ciências da Saúde. Palavras-chave: Zidovudina, macrófagos, hiperglicemia.
A zidovudina (AZT) é um fármaco utilizado como anti-retroviral, inibidor da transcriptase reversa, e foi uma das primeiras drogas aprovadas para o tratamento da AIDS. Porém, esse medicamento possui ação tóxica sobre a medula óssea, levando a leucopenia, como também sobre outras células do organismo. Este projeto tem por objetivo avaliar o possível efeito citotóxico do AZT sobre macrófagos em meio com normo e hiperglicemia. Os macrófagos utilizados neste experimento foram obtidos a partir do exsudato peritoneal de ratos. Os macrófagos foram incubados com soluções de AZT (50µM e 100µM) em tampão PBS-D sem glicose, com 100 mg/dL ou 200 mg/dL de glicose pelo período de 30 minutos e a possível citotoxicidade do AZT sobre essas células foi avaliada pela técnica de exclusão do corante Azul de Trypan. Conforme os resultados foi observado que tanto o aumento na concentração de glicose no meio reacional quanto de AZT determinam efeito citotóxico sobre os macrófagos, podendo ocasionar diminuição nas defesas celulares do organismo.
Introdução
Os macrófagos são células responsáveis por fagocitar restos celulares, substâncias estranhas, bactérias e grande diversidade de elementos. Distribuem-se amplamente pelos tecidos do corpo e são derivados dos monócitos no sangue. Quando ativados, os macrófagos podem secretar proteases ou enzimas lisossômicas responsáveis pela degradação de proteínas pertencentes ao tecido conjuntivo (Verrasto, 2005).
A síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) é uma doença caracterizada por significativa imunossupressão que se associa a infecções oportunistas, neoplasias secundárias e manifestações neurológicas. É Anais da SIEPE – Semana de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Segundo Aymard (2000), para inibir a replicação desse vírus, três classes de fármacos foram desenvolvidas, entre elas a classe dos inibidores da transcriptase reversa, à qual o AZT é pertencente.
As concentrações de AZT necessárias ao tratamento anti-HIV são tóxicas para as células mielóides e eritróides progenitoras, o que explica a ocorrência de anemia e granulocitopenia durante a terapia. A incorporação da AZT ao DNA mitocondrial pode explicar a miopatia observada em alguns pacientes (Aoki, 1999).
Portanto, torna-se de interesse clínico a investigação da citotoxicidade deste fármaco sobre os macrófagos, que são importantes para a defesa do organismo, principalmente em pacientes imunocomprometidos. A hiperglicemia é uma característica da Diabetes mellitus, uma doença metabólica que afeta cerca de 12% da população brasileira. Quando este aumento de glicose no sangue não é controlado ocorrem várias complicações, como derrame cerebral, insuficiência renal, infarto do miocárdio, entre outras.
Estima-se que o aumento da concentração de glicose sanguínea também possa afetar o sistema imune. Em experiências “in vitro” foi demonstrado que em meio hiperglicêmico ocorre: inibição de alguns complementos séricos e menor capacidade de opsonização, menor atividade bactericida e quimiotática dos leucócitos, menor atividade dos polimorfonucleares e menor resposta das citocinas aos estímulos, entre outros (Rayfield, 1982). Esse projeto tem por objetivo avaliar a possível citotoxicidade do AZT sobre macrófagos, analisando em meio com diferentes concentrações de glicose.
Materiais e Métodos
Os macrófagos foram obtidos a partir de exsudato peritoneal de ratos. Em cada animal (machos com peso entre 100-160g) foram injetados intraperitonealmente 10mL de solução de glicogênio de ostra a 0,5% em NaCl a 0,85%. Após 72 h o animal foi sacrificado e a cavidade abdominal lavada injetando-se 20mL de tampão fosfato-Dubecco (PBS-D), contendo 10 UI de heparina/mL. O lavado peritoneal foi colhido em tampão PBS-D sem cálcio, através de sucção com seringa e agulha. Posteriormente, foi transferido para um tubo cônico siliconizado e centrifugado a 200xg, por 3min. As células sedimentadas foram lavadas por duas vezes com PBS-D sem cálcio, sendo após contadas em câmara de Neubauer Anais da SIEPE – Semana de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão (6,5x105células/0,2mL). Durante os experimentos essas células permaneceram em banho de gelo.
As células obtidas do exsudato intraperitoneal dos ratos foram incubadas por 30min à 37°C com a solução de AZT nas concentrações: 50µM e 100 µM. Incubou-se, também, essas células em tampão PBS-D com diferentes concentrações de glicose (100mg/dL e 200mg/dL), após o período de incubação foi realizada a avaliação da viabilidade celular com o corante Azul de Trypan.
Avaliação da viabilidade celular Para essa avaliação foi utilizado o método do corante Azul de Trypan. O princípio desse teste é a não incorporação do corante pelas células viáveis. Adicionaram-se volumes iguais de corante e de suspensão celular e incubados por 5min, na presença ou ausência de diferentes concentrações de AZT e de glicose. Após esse tempo contou-se 200 células em câmara de Neubauer.
Resultados e Discussão
A tabela 1 demonstra o efeito do AZT sobre macrófagos em tampão com diferentes concentrações de glicose. Apenas na presença de diferentes concentrações de glicose, pode-se observar que há um aumento no número de células mortas, sendo que comparado com o sistema sem glicose, e o tampão com 100 mg/dL apresentou aumento em ~265 % no número de macrófagos mortos e no tampão com 200 mg/dL de ~ 365%. Em relação ao estudo na presença de AZT (meio reacional sem glicose), podemos observar que há um aumento do número de células mortas à medida que são adicionadas diferentes concentrações de AZT. Quando é realizado o estudo das concentrações de AZT (50 e 100 µM) em tampão sem ou com glicose, há um aumento da citotoxicidade sobre os macrófagos do sistema AZT-glicose em relação ao sistema sem glicose. Analisando os resultados em conjunto, observa-se que o efeito da glicose sobre os macrófagos é mais pronunciado, em termos de % de células mortas, que o AZT.
Sem glicose
Glicose 100mg/dL
Glicose 200 mg/dL
5.5 ± 2.12
14.5 ± 4.9
11 ± 1.41
21.5 ± 7.7
12.5 ± 0.7
16.5 ± 4.9
Anais da SIEPE – Semana de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão Tabela 1. Porcentagem de células mortas (macrófagos) na ausência ou presença de AZT em tampão com diferentes concentrações de glicose. Esses resultados demonstram que o AZT exerce uma citotoxicidade sobre
os macrófagos, exercendo um efeito deletério sobre a atividade
fagocitária/imunológica. Esse efeito está aumentado em meio reacional onde
é adicionada a glicose, demonstrando que em indivíduos diabéticos, esse
efeito deletério do AZT sobre os macrófagos está ampliado.
Conclusões
Conforme observado, podemos concluir que o AZT exerce efeito citotóxico sobre macrófagos, sendo que esse efeito é ampliado na presença de diferentes concentrações de glicose.
Referências
Aoki, F. Y. Infecções virais. In: Page, C. P.; Curtis, M. J.; Sutter, M. C.; Walker, M. J. A.; Hoffman, B. B. Farmacologia Integrada. ED: Manole. São Paulo, 1999, p. 445-460.
Aymard, G., Legrand, M., Trichereau, N., Diquet, B. Determination of twelve antiretroviral agents in human plasma sample using reversed-phase high-performance liquid chromatography. J.Chromatogr. B, v.744, 2000, p. 227-240.
Kwoun MO, Ling PR, Lydon E, Imrich A, Qu Z, Palombo J, et al. Immunologic effects of acute hyperglycemia in nondiabetic rats. J Parenter Enteral Nutr. 1997,21,91-5. Rayfield E, Ault M, Keusch G, Brothers M, Nechemias C, Smith H. Infection and diabetes: the case for glucose control. Am J Med. 1982, 72,439-50.
Verrasto, T. Hematologia e hemoterapia Fundamentos de Morfologia, Fisiologia, Patologia e Clínica, São Paulo: Atheneu, 2005.
Yarchoan, R. Mitsuya, H.; Myers, C.E.; Broder, S. Clinical pharmacology of 3’-azido-2’,3’-dideoxythimidine (zidovudine) and related dideoxynucleosides. N. Engl. J. Med., v. 321, 1989, p. 726-738.
Anais da SIEPE – Semana de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão

Source: http://eventos.unicentro.br/modelo_cd/pdf/resumo_1077.pdf

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May 2007

Monday – Friday 10 to 6 Saturday 9 to 4 Sunday noon to 4 June 2012 It’s not the heat it’s the humidity. Well for dogs it’s both. Dogs overheat much more quickly than humans. Dogs are not able to sweat and can only cool themselves by panting to blow off heat. This is much less effective than sweating. Even if you are comfortable your dog may well be hot. N

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